terça-feira, 9 de junho de 2009

Água da chuva contamina o esgoto!
Por Iúri Gebara
Essa, para mim, é nova! A água contaminando o esgoto!? O volume de esgoto que chega na estação de tratamento deveria ser o mesmo em qualquer circunstância, mas quando chove o volume aumenta.
Ligações cruzadas. Esses termos eu já conhecia, entendia como a rede de esgoto que se junta com a rede de coleta de chuva e acaba indo para o rio. Mas existe o contrário, á água da chuva entra na rede de esgoto.
Quando a água da chuva entra na rede de esgoto acaba diluindo o esgoto, o que é muito ruim por dois motivos: primeiro que o volume de esgoto maior faz com que a estação desvie parte deste esgoto para o rio, pois não tem capacidade de tratar todo o volume; segundo que quando junta-se muita água no esgoto, as bactérias, responsáveis pelo tratamento, movem "afogadas", pois o ambiente bom para elas se reproduzirem deixa de existir. Isso aumenta mais ainda o custo deste tratamento.
E o que a pessoa comum pode fazer? Identifique coisas onde o esgoto cai no rio e informe as autoridades competentes.

sexta-feira, 5 de junho de 2009


Eco-jornalistas em reunião de planejamento para cobertura do EA. O frio estava intenso... De bater os dentes, mas ninguém desanimou!

Vice-prefeito de São Carlos, Emerson Pires Leal, fala às Eco-jornalistas sobre as perspectivas do EA, durante a Conferência Municipal do Meio Ambiente.
A Mari não perdeu tempo! Foi logo questionando sobre a ausência de representantes da juventude no teatro do SESC.


Mari e Lari conversam com Renata Peres, Coordenadora do Projeto Água Quente da ONG Teia.


Marianna e Larissa conversam com o Coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Carlos, Paulo Mancini, que fala sobre Saneamento Ambiental e afirma que as discussões não devem ser restritas à engenheiros e pesquisadores: "É fundamental que a sociedade participe. Os profissionais de educação tem o papel fundamental de conseguir levar a discussão e convidar a população à participar das decisões, porque só com a população tendo conhecimento correto e mobilizada é que as políticas de saneamento vão ser implantadas com sucesso".
Paulo Mancini fala sobre o Encontro de Educação Ambiental
O Coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Carlos, Paulo Mancini, conversou com a gente na abertura do EA. Entre outras coisas conversamos sobre a educação formal, que deveria transformar-se e levar os educandos a uma “compreensão global” sobre o planeta terra. “Esse, para mim, é o papel da educação ambiental”, comentou. Paulo Mancini é muito sabido! Um verdadeiro militante do meio ambiente. Leia a entrevista então!

Eco-jornalista Marianna Nascimento (MN): Qual a importância do EA para a comunidade de São Carlos?
Paulo Mancini (PM): A principal importância é a permanência dele. São nove anos do encontro anual que têm reunido profissionais de educação ambiental. E esse encontro sempre foi organizado pela sociedade civil e mostra um esforço dela para o tema da educação ambiental. Outro aspecto é a intercambio dentre essa área... A gente trabalha dentro de instituições e a oportunidade de dividir experiências com outros profissionais é muito rica. E por fim, a importância fundamental é discutir o status que nós temos estabelecido, discutir o que tem de perverso nesse modelo, tanto social quanto ambiental e discutir as estratégias de mudança.
(MN): O principal tema do evento é discutir o saneamento ambiental. Em que parte esse tema contribuirá para a população da cidade?
(PM): Esse é um tema bastante amplo do ponto de vista da qualidade de vida. Dentro da área urbana. O saneamento inclui 4 serviços previstos pela lei de saneamento: água para abastecimento público, esgotamento sanitário, drenagem de água pluvial e lixo (resíduos sólidos) nós temos chamado de saneamento ambiental, o que inclui outros aspectos.... Quais são esses aspectos. O que eu acho muito importante, é que a discussão de saneamento sempre foi feita por técnicos. Engenheiros sanitaristas, civis, hidráulicos. Mas é fundamental que a sociedade participe, que os profissionais de educação tem o papel fundamental de conseguir levar a discussão e convidar a população à participar das decisões, porque só com a população tendo conhecimento correto e mobilizada é que as políticas de saneamento vão ser implantadas com sucesso.
(MN): Então estamos falando sobre educação ambiental, não estamos. O que é educação ambiental?
(PM): Eu digo que a palavra educação deveria se bastar. Pra mim a palavra educação tem um significado fundamental no momento histórico que estamos vivendo. A palavra educação tem uma conotação ainda muito clássica. Ou seja, derivada do iluminismo, derivada do pensamento moderno, racional, discutido a partir da renascença, da revolução industrial. Considera a separação entre o sujeito e o objeto observado. Entre o eu que observa e a natureza. São retirados todos os elementos que possam servir ao ser humano. É um paradigma da sustentabilidade ambiental, ele incorpora o sujeito à natureza a partir, inclusive da física quântica, sabe que o sujeito, quando observa ele interfere na realidade.
Então não existe uma realidade completamente separada do sujeito. A questão ambiental coloca um novo paradigma para a humanidade, em função dessa percepção que não podemos compreender o ambiente usando só a razão clássica. Então, o adjetivo ambiental, de uma maneira mais simples... Era sobre aquele sujeito que sabia se comportar bem, que sabia comer de uma maneira educada. Se tem uma folha no chão a pessoa tem que varrer. Então, a pessoa que tinha o conhecimento das fases da luas.... As pessoas da roça... Eram “jacu do inteiror”! Porque elas não sabiam usar talher! Então, o adjetivo ambiental acrescentou essa outra dimensão, desse saber que vai além... O saber de relacionamento com a natureza. A educação ambiental inverte o paradigma da “criança na escola”. Quando a gente pensa educação ambiental, o lugar da criança vai ser fora da escola, onde ela está trancada em quatro muros. Uma escola tem que ter um projeto pedagógico que faça com que a criança conheça seu meio, o espaço onde ela está inserida... O curso da água que passa na sua rua, a topografia do terreno.
Para mim, o adjetivo ambiental está ligado ao rompimento com o conhecimento clássico com educação e promover uma revolução na educação, que grandes mestres já trouxeram, como Paulo Freire.
(MN): Você disse que a barreira com a educação clássica tem que ser rompida. Mas, por exemplo, os jovens foram avisados, eles ficaram sabendo sobre esse evento?
(PM): Olha, eu vim hoje pra cá e uma das reflexões que tive foi essa, porque os eventos ambientais atraem tão poucas pessoas, à medida que as crises ambientais estão crescendo. A grande mídia tem uma divulgação mais ampla, mas mesmo assim não há o interesse intelectual das pessoas. Há 15 anos atrás teria um público maior. Eu acho que o problema não é de divulgação. Nós temos pensar em novas estratégias de comunicação e atração do público, porque eu não acho que as pessoas hoje estão menos conscientes que no passado... Estão muito mais conscientes, mas porque não comparecem para participar das discussões? Eu não tenho resposta...

Larissa enfrenta o frio para filmar Paulo Mancini!

No saguão do SESC, Mari pergunta para o mágico Goudin, que estava se apresentando na unidade, se ele sabia do Encontro de Educação Ambiental. "Não! Está acontecendo aqui?", responde o rapaz.

Houve falha na divulgação?
Estou aqui no Sesc, hoje, dia 04 de julho. Está ocorrendo a abertura do EA – Encontro de Educação Ambiental.
Antes de começar o evento conversei com Paulo Mancini, Coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Carlos. Está muito frio, mas puxei o Paulo pelo braço para bater um papinho lá fora.
Conversamos sobre “N” coisas (que você pode ler neste blog), mas eu quero focar sobre a quaestão da divulgação do evento, porque embora houvesse cadeiras para tantas pessoas, não se tinha tantos participantes. Paulo me disse “que o problema não foi a divulgação, e sim o desinteresse da população”.
Terminado o bate papo, fui transcrever a conversa, veio um jovem e me perguntou se poderia fazer uma mágica, aceitei, sem dúvida. Aproveitei o momentinho, é claro, para perguntar se ele sabia do evento que estava ocorrendo, e por incrível que pareça, ele desconhecia.
Me revoltei, algo que é tão importante para todos, não estar na boca do povo?! Aceitar que a divulgacao não é o problema? Para mim se torna difícil. Por isso que acho errado cobrar a presença das pessoas, em um evento desses, sendo que não foi divulgado para pessoas comuns como eu.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Uma Semana de Forte Comunicação
Por Marianna Nascimento
Três alunas do Colégio CAASO, na semana do dia 25 à 29 de maio, participaram de um encontro de capacitação para a I Cobertura (Jornalística) Educomunicativa de São Carlos.
O intuito é que a cobertura aconteça no EA - Encontro de Educação Ambiental, evento que acontecerá do dia 4 à 6 de junho, que tem como objetivo "a divulgação das ações de educação ambiental, para troca de experiências das pessoas umas com as outras", segundo Mayla Valenti uma das educadoras envolvida no evento.
As alunas, juntamente com jornalistas e educadores ambientais, discutiram sobre o evento mas também aprenderam diversas técnicas para a disseminação, democratização e aprimoramento da comunicação. O empenho das alunas ao longo do curso foi grande, e as expectativas dos educadores é que elas conheçam e relacionem melhor o mundo a sua volta.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Entrevista com Mayla Willik Valenti .

Entrevista realizada pelas Eco-Jornalistas da Oficina de Educomunicação, no dia 27 de junho de 2009, com Mayla Willik Valenti, 25 anos, Bióloga e mestranda em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, desenvolve atividades no Programa Trilha da Natureza da UFSCar e participa da Rede de Educação Ambiental – REA e do Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e Região – CESCAR.

Eco-Jornalista Larissa Zapparoli: Estamos aqui na sala do Colégio CAASO com a nossa entrevistada Mayla!
Mayla o que é CescarMotivo (Cecília Meireles)?
Mayla
: Cescar é Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e região. É um nome meio grande mais a idéia é reunir instituições que trabalham com educação ambiental, porque, normalmente as pessoas que trabalham com isso e outros assuntos relacionados ao meio ambiente ficam cada um no seu cantinho, na sua ONG, na sua empresa. Então a idéia é fazer uma espécie de pacto, pra todo mundo trabalhar junto e realizar trabalhos melhores. O principal objetivo é formar pessoas, educadores, para trabalhar com educação ambiental.
Eco-Jornalista Larissa Zapparoli: Você disse pra gente que vai trabalhar no EA. Qual é a importância do EA pra você?
Mayla: Eu acho que o EA é importante pra divulgar as ações de educação ambiental que estão acontecendo por aí. É também um espaço pra divulgar experiências, pra pessoas se conhecerem, ter contatos umas com as outras. Eu posso estar fazendo um trabalho muito parecido com o de outra pessoa, e no EA nós podemos nos comunicar e trabalhar juntos, inclusive.
Eco-Jornalista Marianna Nascimento: Você disse que fez biologia e está fazendo mestrado em ecologia. Porque dessa escolha?
Mayla:
Eu queria melhorar minha formação como pesquisadora. Agora eu sou pesquisadora em educação ambiental. Sou pesquisadora em ecologia. Mas a linha é a educação ambiental. Minha formação como bióloga não me deu muito subsídio para trabalhar com educação, por isso pensei que precisava de uma área mais aprofundada. E também para saber se eu gosto mesmo de trabalhar com pesquisa, que eu não sei se é a minha praia, mas eu tô gostando!
Eco-Jornalista Raissa Godoy: Como você disse, cada ano o EA aborda um tema central. Como o tema é escolhido?
Mayla: Esse tema é escolhido na Rede de Educação Ambiental, a principal organizadora do EA. A gente escolhe de acordo com as coisas que estão acontecendo no momento. Em 2006, por exemplo, estava se formando o EA, então o tema foi sobre ele. Agora está em discussão o Plano de Saneamento Ambiental do município, então achamos importante abordar isso e a educação ambiental, que tem a ver com isso. É uma decisão coletiva. Uma pessoa dá a proposta e decidimos juntos.
Eco-Jornalista Marianna Nascimento: Qual a sua opinião sobre o tema?
Mayla:
Eu acho que é um tema importante, pois estamos discutindo isso na cidade agora. Eu acho inclusive, que esse tema já deveria existir antes, pois é um tema básico para a cidade. Também acho que discutir educação ambiental a partir desse tem é muito bacana. São temas recorrentes na educação ambiental. Eu acho bacana ver o que as pessoas têm feito sobre isso.
Eco-Jornalista Marianna Nascimento: Esse tema foi escolhido para alcançar todos os públicos?
Mayla:
Então, o tema foi escolhido, pois estamos discutindo isso na cidade. Mas a programação do EA foi feita pensando em atingir vários públicos. Nós vamos ter algumas oficinas, gincanas, que vão atingir mais as crianças (agente acha) e tem rodas de conversa, uma mesa redonda de abertura que vai ser mais para as pessoas que estão mais envolvidas com o trabalho de educação ambiental.... esse é o principal público. Daí, no sábado, vai ter uma atividade na Praça do Bicão, voltada para todos os públicos possíveis. Vai ter diversas atividades para toda a população interessada no assunto.
Eco-Jornalista Raissa Godoy:
Você acha que o EA vai ajudar a resolver os problemas e conscientizará as pessoas que vão no evento?
Mayla:
Eu acho que em parte sim! Acho que o EA vai ajudar a dar base para as pessoas que trabalham com educação ambiental, para aquelas pessoas que participarem das oficinas pensarem um pouco melhor sobre esse tema. A gente espera que as pessoas pensem mais criticamente sobre o tema. Mas acho que a educação ambiental não resolve tudo. É só uma parte da solução. A questão ambiental é muito complexa. Tem um monte de coisa envolvida... Contexto político, econômico, social... a educação é uma parte.
Educomunicador Iúri Gebara: Conta pra gente, já que você está circulando pelos caminhos da educação ambiental desde 2006... o que mudou desde que você entrou nessa história toda?
Mayla:
Eu mudei mais que tudo!!!! Eu acho que o Cescar, modéstia a parte, fez bastante diferença na educação ambiental da região que nos propomos a trabalhar. Eu sou bastante crítica em relação aos nossos projetos. Tem mil defeitos, mil críticas, nunca acontece do jeito que a gente queria que fosse lá no mundo das idéias.... Mas depois de um tempo, nós fizemos um curso em que cada grupo desenvolveu um projeto para formar educadores ambientais populares... Mesmo que nem todos os projetos tenham ido pra frente eles fizeram e fazem diferença pra educação ambiental dessa região. Tem muito mais gente pensando nisso e trabalhando com isso... Pensando de forma menos ingênua na forma de atuar.
Eco-Jornalista Larissa Zapparoli: Você disse que mudou desde que se envolveu com a educação ambiental. Em que aspectos você mudou? Das suas atitudes?
Mayla: Desde criança sou chamada de eco-chata! Eu sou daquelas que brigavam com as crianças no recreio por causa dos papéizinhos no chão! Bem chata mesmo! Então eu já tinha uma veia ambientalista correndo dentro de mim desde criança. Mas o que mais eu mudei em relação as minhas atitudes... e muitas pessoas não pensam nisso, é que comecei a pensar na minha participação política. Porque eu não entendia muito bem isso, essa importância de participar politicamente das coisas. Eu achava que isso não resolvia.... que não ia pra frente. Aí eu comecei a trabalhar com educação ambiental e ouvir as pessoas falando “olha, educação ambiental não é só isso... natureza, trilha, água, é também participação política, engajamento...” e eu fiquei pensando que raio é a tal da participação política! E hoje eu acho que tenho essa atuação muito mais ativa. Uma veia meio revoltada dentro de mim que me faz muuuuuito querer isso! Eu entrei para uma entidade de pós-graduandos dentro da Universidade e tenho claro que isso foi por causa da minha relação com a educação ambiental.
Eco-Jornalista Larissa Zapparoli: Você disse que tinha isso dentro de você desde quando era criança... só que muitas pessoas não tem isso correndo dentro! Você acha que isso pode mudar nas pessoas?
Mayla: Mudar nunca é fácil! Eu acho que, principalmente hábitos que já estamos acostumados, e com toda a sociedade, o meio que a gente vive empurrando a gente pra fazer coisas diferentes daquilo que é ambientalmente mais saudável, é muito difícil mudar. Mas eu só trabalho com educação ambiental porque eu acredito na mudança! E eu acho que nós, seres humanos, pensantes, a gente não é só um pote vazio que as pessoas colocam coisas dentro! A gente mexe nisso tudo, transforma... eu acho que é possível mudar... mas não é fácil!
Eco-Jornalista Marianna Nascimento: Você diz que acredita na mudança... se você acredita, como você começaria. De qual grupo, qual seu alvo?
Mayla: Assim, pensando na minha atuação enquanto educadora ambiental, eu consigo pensar no meu meio mais próximo, que está em volta de mim. No meu caso é o contexto universitário, esse público que eu trabalho.... De forma mais ativa. Eu trabalho num projeto de educação ambiental numa trilha na federal desde 2002, antes de entrar no mundo teórico da educação ambiental. Para esse campo em geral, eu acho que não tem público principal. Muita gente fala em trabalhar com crianças, pois elas não estão bem formadas e tal... eu acho que de fato é muito gostoso, elas são interessadas. Mas por outro lado elas recebem muitas coisas dos pais, em casa, que muitas vezes interfere muito mais do que o que alguém está falando na escola, numa trilha. Tem que trabalhar com crianças, mas também com adultos, inclusive com os formadores de opinião, tomadores de decisão (políticos), empresários, que são os maiores poluidores e impactantes... então, eu acho que é mais fácil para cada pessoa começar pelo mundo que ela conhece.
Educomunicadora Giovana Camargo: É uma dúvida que surgiu antes da gente te receber. O mestrado que você está fazendo é em educação ambiental. Conta um pouquinho.
Mayla: Meu mestrado é em educação ambiental e unidade de conservação. Isso veio desse trabalho que eu falei com a trilha. Um trabalho que faz visitas monitoradas na trilha de natureza, que é um trabalho no cerrado dentro da Universidade. Fizemos o trabalho de forma intuitiva, depois que entrei no universo da educação ambiental comecei a estudar... tem muita gente que fala que não é só natureza, mas participação política, valores éticos que precisam ser trabalhados. Daí eu fiquei incucada pensando... como é que eu vou trabalhar com política, democracia, crítica ao capitalismo numa trilha, no cerrado? E isso me instigou a fazer a pesquisa. Eu estou mapeando como é que são os trabalhos de educação ambiental em unidades de conservação... áreas naturais. Tudo puxa pra você falar: olha que árvores bonitinhas, que bichinhos passam por aqui... geralmente é assim mesmo... mas tem um potencial grande para trabalhar com conhecimentos tradicionais, populações que vivem lá, como se organizam, os conflitos que acontecem por lá e poderiam ser base para trabalhar com política, participação... e aí, eu espero, com meu trabalho,contribuir com a educação ambiental que é feita nesses espaços.
Educomunicadora Giovana Camargo: Qual o foi o projeto nesse tempo de educação ambiental, aquele que tenha te dado maior vontade de continuar.
Mayla: Acho que a trilha... é meu xodozinho! Ela me fez primeiro eu me apaixonar pelo cerrado... fui primeiro trabalhar lá, não enquanto educadora, mas como bióloga. Eu luto pelo cerrado da federal até hoje, com unhas e dentes! Eu acho que te um potencial muito grande pra se desenvolver nesse projeto e eu tenho muita vontade de deixar ele grande, de fazer ele ir pra frente... como eu tô desde que entrei na faculdade, tudo o que eu mudei na graduação e no mestrado, eu coloquei lá na trilha. Não consigo deixar a trilha!
O projeto tem várias vertentes. A principal são visitas monitoradas. Os monitores acompanham estudantes de escolas que agendam as visitas para conhecer o cerrado. Fora isso a gente trabalha com formação de monitores, com cursos anuais, atividades de pesquisa em que avaliamos o projeto e levamos para congressos (inclusive vai ter no EA)... porque, geralmente, as pessoas não gostam muito do cerrado. Acham que é um monte de árvore torta... então, a gente tenta mostrar para as pessoas que tem muita coisa bonita no cerrado... e é isso!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Educomunicação...

Educomunicação "é o conjunto das ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos abertos, democráticos e participativos, destinados a ampliar os espaços de expressão na sociedade através de uma gestão democrática dos recursos da comunicação". Definição do jornalista e educomunicador, Paulo Lima, da Revista Viração e do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo.
Fonte: wikipédia

Educomunicação Socioambiental: a educomunicação envolve várias dimensões forjadas no contato entre a educação, a comunicação e a cultura, nas quais educadoras (es) ambientais promovem e participam de ações comunicativas, e comunicadoras (es) e canais de comunicação incorporam princípios da educação ambiental... A educomunicação socioambiental não é o mesmo que comunicação institucional de uma ação, programa ou projeto; pois envolve a participação nos processos de criação, produção, recepção e gestão da temática ambiental nos meios de comunicação.
Fonte: Programa Nacional de Formação de Educadoras (es) Ambientais, Por um Brasil educado e educando ambientalmente para a sustentabilidade.